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Cinema e hospitalidade

por Michèle Garneau


O cinema possui uma maneira própria de exercer a hospitalidade, de propor condutas e gestos éticos que implicam tanto aquele que filma quanto quem é filmado, assim como o espectador e os aparelhos? Se acolher ou receber – por meio dos recursos fílmicos – é dar lugar ao outro, trata-se de investigar como se constroem os espaços e as durações, os gestos e os afetos que permitem à hospitalidade se desenrolar no interior do filme. O Fim e o Princípio, de Eduardo Coutinho, será o filme contemplado por esta reflexão.

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