por Eduardo de Jesus


3.o som ao redor

Mais recentemente no cinema brasileiro, a cidade passou a assumir certo protagonismo que revela uma centralidade do espaço tanto para a compreensão dos conflitos e tensionamentos sociais que os filmes apontam, quanto para a análise dos modos de construção das imagens e da narrativa. Tomando os filmes Branco Sai, Preto Fica (Adirley Queirós, 2014) e O Som ao Redor (Kleber Mendonça Filho, 2012), vamos apontar como a representação da cidade e suas territorialidades nestes longas constituem uma potente linha de força para perceber a vida social e seus conflitos. Ao mesmo tempo, os filmes escapam das imagens padronizadas que celebram, sem qualquer estranhamento ou crítica, a urbanização neoliberal e os modos de experimentar a cidade organizados em torno do consumo e das indústrias criativas do turismo.

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